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“Como forma de organização política de um povo – “A pior, salvo todas as demais”, como a definiu Winston Churchill -, a Democracia é privativa das sociedades livres. Nunca, na história da Humanidade, em parte alguma do mundo, ela resultou de concessão, sempre de conquista. O caminho até ela passa, antes, pelo ideal de liberdade, pela independência do país, pela cultura da igualdade e da fraternidade entre as pessoas, pelo conceito de bem comum, pelo exercício de direitos e deveres perante a lei e por um permanente processo de aperfeiçoamento. Ao contrário das ditaduras, a Democracia nunca está pronta e acabada. Ela sobrevive, em meio a conflitos, graças aos valores que propugna, à prática cotidiana de seus postulados éticos, ao seu espírito igualitário e ao primado da Justiça.

A pior, salvo todas as demais

O Brasil, nestes últimos anos, com percalços embora, e muito ainda a ser trabalhado, chegou à conformação de um Estado Democrático de Direito, o que não é pouco. Essa conquista, construída ao longo de séculos etapa por etapa, envolve uma história que merece e precisa ser contada. Às novas e às futuras gerações cabe-nos o dever de informar com isenção, sem paixão ou preferência ideológica, sem proselitismo de natureza político-partidária, mas estritamente com base nos fatos da História, a longa e penosa trajetória cumprida pelo povo brasileiro pela conquista do ideal democrático.

Nada melhor, para isso, que a narrativa em linguagem acessível de uma grande e precisa reportagem. Com o uso adequado dos meios tecnológicos disponíveis, e com a adoção futura dos que virão, o Museu da Democracia prestará inestimável serviço à educação política e à valorização da cidadania, contribuindo assim para a consolidação da Democracia brasileira.

Tinha de ser em São Paulo, terra das oportunidades, da fraternidade entre os povos, da vanguarda política nacional, palco de episódios memoráveis do avanço democrático do país. Será em São Paulo, ou não será.”